EBITDA ou EVA

EBITDA ou EVA, QUAL A MELHOR FORMA DE AVALIAR OS RESULTADOS DE UMA EMPRESA ? Fundos de investimento e empresas multinacionais podem usar tanto EBITDA quanto EVA, mas a escolha entre essas métricas depende de seus objetivos específicos, o contexto de uso, e o tipo de análise que estão conduzindo.

FINANÇAS

SW Inteligência

5/23/20244 min ler

EBITDA ou EVA, QUAL A MELHOR FORMA DE AVALIAR OS RESULTADOS DE UMA EMPRESA ?

A análise de desempenho financeiro de uma empresa pode ser feita utilizando diferentes métricas, entre as quais o EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation, and Amortization) e o EVA (Economic Value Added). Cada uma dessas métricas possui pontos fortes e fracos que são importantes de entender.

EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation, and Amortization)

Pontos Fortes:

  • Facilidade de Cálculo e Compreensão: O EBITDA é relativamente fácil de calcular e entender, pois se baseia em informações que estão prontamente disponíveis nas demonstrações financeiras.

  • Comparabilidade: Por excluir juros, impostos, depreciação e amortização, o EBITDA permite uma melhor comparação do desempenho operacional entre empresas de diferentes setores e regiões.

  • Foco no Desempenho Operacional: Ao excluir os custos de financiamento e os efeitos fiscais, o EBITDA oferece uma visão mais clara do desempenho operacional da empresa.

Pontos Fracos:

  • Ignora Despesas Não Operacionais: Ao excluir juros, impostos, depreciação e amortização, o EBITDA não considera todas as despesas, o que pode levar a uma visão excessivamente otimista da lucratividade.

  • Não Considera Necessidades de Capital: O EBITDA não leva em conta os investimentos necessários em capital de giro e capital fixo, que são essenciais para a continuidade das operações.

  • Pode Ser Manipulável: Empresas podem ajustar o EBITDA para apresentar um desempenho melhor do que realmente é, omitindo custos relevantes que são importantes para a avaliação financeira completa.

EVA (Economic Value Added)

Pontos Fortes:

  • Considera Custo do Capital: O EVA leva em conta o custo do capital, o que ajuda a determinar se a empresa está realmente gerando valor acima do retorno esperado pelos investidores.

  • Foco na Criação de Valor: O EVA incentiva a gestão a tomar decisões que aumentem o valor para os acionistas, considerando os custos de todos os recursos empregados.

  • Melhor Alinhamento com a Performance de Longo Prazo: Como considera o custo de oportunidade do capital, o EVA tende a alinhar melhor as decisões de gestão com os interesses de longo prazo dos acionistas.

Pontos Fracos:

  • Complexidade de Cálculo: O cálculo do EVA é mais complexo e requer ajustes detalhados nas demonstrações financeiras, o que pode ser difícil e demorado.

  • Dependência de Estimativas: O EVA depende de estimativas do custo de capital e de ajustes contábeis, que podem ser subjetivos e variáveis, introduzindo incertezas na métrica.

  • Menor Comparabilidade Imediata: Devido às diferentes taxas de custo de capital e ajustes específicos, o EVA pode ser menos útil para comparações rápidas entre empresas do que o EBITDA.

Empresas que Utilizam EBITDA

  1. Amazon: Uso: Amazon reporta EBITDA em seus relatórios financeiros para destacar sua performance operacional e permitir uma comparação mais direta com outras empresas de comércio eletrônico e tecnologia. Isso ajuda a mostrar a rentabilidade operacional antes dos efeitos das estratégias de expansão e investimento pesado em tecnologia.

  2. Netflix: Uso: Netflix usa EBITDA como uma métrica chave para avaliar a eficiência operacional e a lucratividade de suas operações de streaming. Isso é crucial em uma indústria onde os custos de conteúdo e a expansão global são significativos.

  3. Tesla: Uso: Tesla frequentemente usa EBITDA para demonstrar a eficiência operacional e o potencial de lucratividade de suas operações de fabricação de veículos elétricos e armazenamento de energia, especialmente durante períodos de rápida expansão e altos investimentos em P&D.

Empresas que Utilizam EVA

  1. Coca-Cola: Uso: Coca-Cola usa EVA para medir a criação de valor econômico dentro da empresa. Isso ajuda a alinhar os incentivos dos gestores com os interesses dos acionistas, focando na geração de retornos que superem o custo do capital.

  2. Siemens: Uso: Siemens adota EVA como uma métrica central para avaliar a performance de suas várias divisões industriais. Isso permite uma análise detalhada de como cada unidade de negócios está contribuindo para a criação de valor econômico e ajuda na tomada de decisões de investimento estratégico.

  3. Eli Lilly: Uso: Eli Lilly, uma empresa farmacêutica global, usa EVA para medir o valor econômico gerado por seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Isso garante que os projetos de P&D estejam criando valor acima do custo do capital investido.

Empresas que Utilizam Ambos os Índices

  1. General Electric (GE): Uso: GE utiliza tanto EBITDA quanto EVA. EBITDA é usado para avaliar a eficiência operacional de suas diversas unidades de negócios industriais e financeiras. EVA é utilizado para avaliar a criação de valor econômico e alinhar as decisões de investimento com os interesses dos acionistas.

  2. 3M: Uso: 3M usa EBITDA para análise operacional e comparações internas entre suas várias divisões. Simultaneamente, utiliza EVA para medir a criação de valor econômico e garantir que seus investimentos de capital gerem retornos superiores ao custo do capital.

  3. Johnson & Johnson: Uso: Johnson & Johnson utiliza EBITDA para monitorar a performance operacional em seus segmentos de produtos farmacêuticos, dispositivos médicos e produtos de consumo. EVA é usado para avaliar a criação de valor econômico e informar decisões de alocação de capital e investimento estratégico.

Conclusão

Esses exemplos ilustram como empresas de diferentes setores utilizam EBITDA e EVA para obter insights complementares sobre sua performance financeira. O EBITDA é amplamente usado para avaliar a eficiência operacional e facilitar comparações entre empresas, enquanto o EVA é utilizado para medir a criação de valor econômico e alinhar a tomada de decisões com os interesses dos acionistas.